Joaquim José é o jovem protagonista deste livro. Tem 14 anos e é lisboeta, mas não tem telemóvel. Isto porque tudo se passa em 1910, ano da implantação da República Portuguesa. Entre um pai republicano, uma mãe monárquica e uma avó que diz que “isto só pode ser o fim do mundo”, o rapaz tenta perceber afinal que mundo é esse e qual o seu lugar dentro dele. A escrita de um diário vai ajudá-lo.
“Chamo-me José Joaquim e fiz ontem catorze anos. Quase um homem, penso eu. Uma criança, pensa a minha avó. Mas para a minha avó até a minha mãe ainda é uma criança. As avós, ao que oiço dizer, são todas assim.” Eis o tom inconfundível de Alice Vieira na sua escrita para jovens.
Diário de Um Adolescente na Lisboa de 1910 começou a ser “cozinhado” em 2010, nos cem anos da República, a pedido do Jornal de Notícias. “Todas as semanas escrevia meia página de um diário para os miúdos sobre o tema”, conta Alice ao PÚBLICO. A ideia de fazer um livro surgiria mais tarde. “Foi preciso investigar muito mais”, descreve, e diz-se “satisfeita” com as ilustrações de Patrícia Furtado.
Ontem [dia 7 de Outubro], Sílvia Alves apresentou a obra no festival literário Escritaria, que este ano homenageia Alice Vieira.
Diário de Um Adolescente na Lisboa de 1910
Texto: Alice Vieira
Ilustração: Patrícia Furtado
Edição: Texto Editores
160 págs., 14,90€
(Texto divulgado na edição do Público de 8 de Outubro, página Crianças.)
No Facebook, Alice Vieira mora aqui; Patrícia Furtado, ali.
Aqui fica a página completa, com um grafismo ligeiramente diferente do anterior (descubra as diferenças...), mas sempre com sugestões de actividades culturais em família. Mais informação no Guia do Lazer.